Newsletter da Sociedade Israelita da Bahia - Ano 06 - Nº 312, 26 de Nissan, Chol HaMoed, 11º dia do Omer 5772 - 18/04/2012
A Parashá desta semana tem o título de Shemini (Oitavo). No texto, que corre do capítulo 9 ao 11 de Levítico (Vayikrá), encontramos dentre outras coisas duas lições que são usadas para determinar nossa conduta em relação ao que ingerimos, quer para a nossa subsistência (a comida), quer para nosso prazer, ou deleitamento (bebidas alcoólicas - apesar de que a "comida" caberia perfeitamente nessa categoria). Uma é o relato de algo trágico. A outra é uma lei claramente elaborada.
Comecemos pelas bebidas alcoólicas. Estamos num contexto em que o Mishcan acabara de ser inaugurado. O Cohen HaGadol, Aarão, detinha o conhecimento necessário para suas funções e era o único Cohen que estava autorizado a desempenhar certos rituais e a entrar na área denominada de Santidade das Santidades, onde se encontrava a Arca Sagrada. No ritual de Yom Kippur, por exemplo, só o Cohen HaGadol estava autorizado a entrar ali. Os outros Cohanim não podiam fazê-lo. Estes desempenhavam outras funções, e os Leviim ainda outras. Mas eis que os dois filhos mais velhos de Aarão resolvem que eles podiam oferecer um fogo estranho, ou seja, um fogo que o Eterno não havia ordenado a eles. O texto da Torá é específico aqui. O grande comentarista Rashi não deixou passar esse fato, usando a palavra "extra" eles para explicar porque eles tiveram um castigo tão severo. O Rav Yishmael interpretou que o problema estava no fato de Nadab e Abihu terem adentrado o Santuário embriagados. Sabemos disso, segundo eles, porque logo após o episódio o Altíssimo proíbe Aarão de entrar no Mishkan embriagado. Rav Yishmael utilizou um dos métodos rabínicos para a interpretação de uma passagem que considerem não muito clara, a proximidade com outro texto que possa elucidá-la. A Halachá segue a opinião desses rabinos e realmente a proibição foi mantida. A discussão sobre qual foi exatamente o erro dos filhos Aarão é vasta em nossa literatura e demandaria um arsenal de comentários para que chegássemos a uma conclusão. Não obstante, a interpretação de que eles estavam de fato sob a influência de álcool, e a consequência desse ato, gerou em nosso subconsciente o valor do autocontrole quando fazemos uso de bebidas alcoólicas.
Excetuando-se os crimes óbvios, a tradição judaica não vê na maioria das ações, algo pecaminoso em si. As ações precisam de um contexto para ser realizadas. Em Purim, por exemplo, é uma mitzvá beber até não se conseguir distinguir mais entre o "bendito Mordechai e o maldito Haman". Mas, não se pode servir a Deus enquanto embriagado. Apesar disso, não há comemoração judaica em que o vinho kasher esteja ausente. E por aí vai.
O outro elemento é a comida. A Torá estabelece de maneira clara quais são os animais que podemos utilizar como alimento. A razão é dada no final do texto... Percebemos que comer, algo essencial à manutenção de nossas vidas, é algo que deve ser sagrado. Ora, o povo judeu é convocado pela Torá a tornar elevado o nosso momento mais animal, mais semelhante aos seres irracionais. Ao escolhermos o que comemos de acordo com a Torá, sabemos que estamos escolhendo nos aproximar mais do Criador, que exerce sua soberania sobre a natureza. Não é isso o que fazemos quando cessamos o trabalho para entrarmos no Shabat? Declaramos a soberania divina sobre sua criação e o imitamos ao não modificar a natureza.
Ao comer kasher e ao exercermos o autocontrole sobre o álcool, estamos nos ligando à tradição de todos os sábios judeus de todas as épocas e acima de tudo nos ligamos mais ao nosso Criador, O Santo Bendito sela Ele.
Shabat Shalom
Comecemos pelas bebidas alcoólicas. Estamos num contexto em que o Mishcan acabara de ser inaugurado. O Cohen HaGadol, Aarão, detinha o conhecimento necessário para suas funções e era o único Cohen que estava autorizado a desempenhar certos rituais e a entrar na área denominada de Santidade das Santidades, onde se encontrava a Arca Sagrada. No ritual de Yom Kippur, por exemplo, só o Cohen HaGadol estava autorizado a entrar ali. Os outros Cohanim não podiam fazê-lo. Estes desempenhavam outras funções, e os Leviim ainda outras. Mas eis que os dois filhos mais velhos de Aarão resolvem que eles podiam oferecer um fogo estranho, ou seja, um fogo que o Eterno não havia ordenado a eles. O texto da Torá é específico aqui. O grande comentarista Rashi não deixou passar esse fato, usando a palavra "extra" eles para explicar porque eles tiveram um castigo tão severo. O Rav Yishmael interpretou que o problema estava no fato de Nadab e Abihu terem adentrado o Santuário embriagados. Sabemos disso, segundo eles, porque logo após o episódio o Altíssimo proíbe Aarão de entrar no Mishkan embriagado. Rav Yishmael utilizou um dos métodos rabínicos para a interpretação de uma passagem que considerem não muito clara, a proximidade com outro texto que possa elucidá-la. A Halachá segue a opinião desses rabinos e realmente a proibição foi mantida. A discussão sobre qual foi exatamente o erro dos filhos Aarão é vasta em nossa literatura e demandaria um arsenal de comentários para que chegássemos a uma conclusão. Não obstante, a interpretação de que eles estavam de fato sob a influência de álcool, e a consequência desse ato, gerou em nosso subconsciente o valor do autocontrole quando fazemos uso de bebidas alcoólicas.
Excetuando-se os crimes óbvios, a tradição judaica não vê na maioria das ações, algo pecaminoso em si. As ações precisam de um contexto para ser realizadas. Em Purim, por exemplo, é uma mitzvá beber até não se conseguir distinguir mais entre o "bendito Mordechai e o maldito Haman". Mas, não se pode servir a Deus enquanto embriagado. Apesar disso, não há comemoração judaica em que o vinho kasher esteja ausente. E por aí vai.
O outro elemento é a comida. A Torá estabelece de maneira clara quais são os animais que podemos utilizar como alimento. A razão é dada no final do texto... Percebemos que comer, algo essencial à manutenção de nossas vidas, é algo que deve ser sagrado. Ora, o povo judeu é convocado pela Torá a tornar elevado o nosso momento mais animal, mais semelhante aos seres irracionais. Ao escolhermos o que comemos de acordo com a Torá, sabemos que estamos escolhendo nos aproximar mais do Criador, que exerce sua soberania sobre a natureza. Não é isso o que fazemos quando cessamos o trabalho para entrarmos no Shabat? Declaramos a soberania divina sobre sua criação e o imitamos ao não modificar a natureza.
Ao comer kasher e ao exercermos o autocontrole sobre o álcool, estamos nos ligando à tradição de todos os sábios judeus de todas as épocas e acima de tudo nos ligamos mais ao nosso Criador, O Santo Bendito sela Ele.
Shabat Shalom
Escola de Educação Judaica Complementar da SIB
Habonim Dror
Vídeo da Semana
Yom HaShoah em Israel
יום הזיכרון לשואה ולגבורה
Israelenses descobrem gene que prolonga vida
Uma equipe da Universidade Bar-Ilan, em Israel, descobriu um gene que propicia a longevidade em camundongos, aumentando a possibilidade de encontrar atividade similar em um gene humano. Os estudos comprovam um crescimento de 15% em expectativa de vida nos camundongos machos.
Milhares homenageiam vítimas do Holocausto na Polônia
Milhares de jovens de Israel, dos Estados Unidos e de outros países fizeram uma marcha nesta quinta-feira entre os campos de extermínio de Auschwitz e Birkenau, na Polônia, para homenagear os seis milhões de judeus mortos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Também nesta quinta-feira, funcionários do governo da Polônia e membros da comunidade judaica local se reuniram em Varsóvia para marcar o 69º aniversário da revolta do Gueto de Varsóvia, uma rebelião dos judeus confinados no gueto, com apoio da resistência polonesa, esmagada pela Alemanha nazista em 1943.
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Militar israelense é suspenso por agredir ativista
O exército israelense suspendeu um tenente-coronel por ter atingido no rosto com sua arma um ativista pró-palestino dinamarquês na Cisjordânia, indicou nesta segunda-feira um porta-voz militar, após o escândalo provocado pela divulgação das imagens na internet. "O tenente-coronel Shalom Eisner foi suspenso à espera dos resultados da investigação que foi aberta", declarou este porta-voz.
Nas imagens transmitidas no Youtube é observada uma briga entre soldados israelenses de um posto de controle no norte de Jericó e um grupo de ciclistas palestinos e ativistas estrangeiros pró-palestinos. O tenente-coronel Shalim Eisner se aproxima de repente de um manifestante loiro e o atinge violentamente no rosto com uma metralhadora.
Israelense ganha Prêmio da UNESCO
A bióloga do Instituto Weizmann, Naama Geva-Zatorsky é a vencedora do Prêmio e Internacional da UNESCO L’Oreal para Mulheres na área de Ciências, apelidado de Prêmio “Europa para jovens cientistas top”. Naama Geva-Zatorsky, 34 anos, é jovem, inteligente e tem como objetivo ajudar a tratar doenças graves. Ela está entre um grupo crescente de cientistas israelenses mulheres que vem ganhando reconhecimento por suas contribuições à pesquisa.
A bióloga recebeu o Prêmio em Paris, no mês passado. Ele consiste em uma bolsa de estudos de dois anos e 40.000 dólares por seu trabalho de pós-doutorado na Universidade de Harvard. O comitê de seleção citou a “excelência e a originalidade de seu estudo.” Sua pesquisa centra-se em probióticos, que são comumente conhecidos como “bactérias boas” e têm potencial para tratar uma variedade de doenças.
Curtas
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Colaboração dos Leitores
O holocausto não bastou?
Biaggio Talento
É comum encontrar até dias de hoje quem abomine Israel e apoie incondicionalmente os países árabes na disputa pela Palestina. A propaganda stalinista, surgida depois da fundação do Estado de Israel, após a Segunda Guerra Mundial, que associava o sionismo (o Estado israelense) com demônio do “imperialismo americano”, ainda prevalece como a verdade do que ocorre no Oriente Médio. Ou seja: os israelenses são os bandidos, os árabes – cujas autocracias agora sucumbem com a Primavera Árabe –, os mocinhos.
Por que a versão soviética ainda faz a cabeça de muita gente boa? Talvez resquícios de um atavismo que, ao longo da história, transformou o povo judeu em vilão preferencial, contra quem acumulam-se acusações pesadas. A mais famosa, feita pela Igreja Católica, é a de que os judeus são “deicidas” (responsáveis pela morte de Jesus). Conspirações delirantes para dominar nações e quiçá o mundo são também atribuídas ao povo hebreu.
Um dos documentos modernos que ajudaram a alimentar o antissemitismo, tendo sido adotado por Hitler, Stalin, aiatolás e ditadores árabes, é o Protocolo dos Sábios de Sião, que descreve o “plano” de dominação do mundo pelos judeus. Criado pela Okhrana, polícia secreta do czar Nicholas II para justificar os pogrons na Rússia, o protocolo mostrou-se uma grande farsa. Nem por isso deixou de ser adotado como “guia” por antissemitas. Nos dias de hoje, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, segue a mesma cartilha, negando os seis milhões de judeus mortos no Holocausto e pregando a destruição de Israel.
Não se sabe quem escreveu o protocolo. Umberto Eco, no seu último livro, Cemitério de Praga, resolveu criar o autor: Simoni Simonini, misto de notário e falsário. Ele trabalhou para várias polícias secretas de regimes autoritários na segunda metade do século 19 na Europa, mas orgulha-se, na ficção, da contribuição dada em favor do extermínio dos judeus. Eco nada mais fez que compilar, num personagem ardiloso, preconceitos contra os judeus, que permeiam a história. E, pelo visto, ainda “cativam” corações.
Por que a versão soviética ainda faz a cabeça de muita gente boa? Talvez resquícios de um atavismo que, ao longo da história, transformou o povo judeu em vilão preferencial, contra quem acumulam-se acusações pesadas. A mais famosa, feita pela Igreja Católica, é a de que os judeus são “deicidas” (responsáveis pela morte de Jesus). Conspirações delirantes para dominar nações e quiçá o mundo são também atribuídas ao povo hebreu.
Um dos documentos modernos que ajudaram a alimentar o antissemitismo, tendo sido adotado por Hitler, Stalin, aiatolás e ditadores árabes, é o Protocolo dos Sábios de Sião, que descreve o “plano” de dominação do mundo pelos judeus. Criado pela Okhrana, polícia secreta do czar Nicholas II para justificar os pogrons na Rússia, o protocolo mostrou-se uma grande farsa. Nem por isso deixou de ser adotado como “guia” por antissemitas. Nos dias de hoje, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, segue a mesma cartilha, negando os seis milhões de judeus mortos no Holocausto e pregando a destruição de Israel.
Não se sabe quem escreveu o protocolo. Umberto Eco, no seu último livro, Cemitério de Praga, resolveu criar o autor: Simoni Simonini, misto de notário e falsário. Ele trabalhou para várias polícias secretas de regimes autoritários na segunda metade do século 19 na Europa, mas orgulha-se, na ficção, da contribuição dada em favor do extermínio dos judeus. Eco nada mais fez que compilar, num personagem ardiloso, preconceitos contra os judeus, que permeiam a história. E, pelo visto, ainda “cativam” corações.
Enviado por Mary Weinstein e Maurício Szporer
Publicado no jornal a tarde no dia 18/04/2012
Acendimento das velas: 17:07
MINCHÁ: 18:09
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Avisos
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Para construção, reforma, decoração,
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