SIB e-News 323

Newsletter da Sociedade Israelita da Bahia - Ano 06 - Nº 323, 17 de Tamuz, 5772 - 05/07/2012

Parashat Balac (Números 22:2 – 25:9)

A Parashá desta semana começa com o rei dos moabitas, Balac, ao convocar o profeta Bilam (Balaão, na versão de seu nome para a língua portuguesa). O rei, vendo que todos tremiam diante de Israel e tendo ouvido sobre as maravilhas que Deus operara em favor dos israelitas, resolve buscar ajuda sobrenatural. Afinal, o povo que se aproximava não era um povo qualquer. Um povo diante do qual o Mar Vermelho se abrira não podia ser um daqueles contra os quais o rei já havia, possivelmente,  guerreado e vencido. Sua intensão era que o profeta amaldiçoasse a Israel. Dessa forma, Moab tinha uma chance de vitória.

Ao receber os envidos do rei, Bilam resolve consultar o Altíssimo, que não deixa sobra de dúvida e proíbe Bilam de ir ter com o Balac e se colocar contra Israel. E é isso o que ele diz aos mensageiros de Balac. Não podia ir contra uma ordem direta do Eterno.

Até aí tudo bem. Dá até para ficar feliz com a atitude de Bilam. No entanto, ao retornarem os servos de Balac, pois o mesmo não ficara nem um pouco satisfeito com a recusa de do profeta de ir ter com ele, podemos dizer que ele não estava acostumado a ouvir "não" como resposta, Bilam resolve consultar o Eterno mais uma vez. Dessa feita, Deus lhe diz que vá, mas faz uma ressalva, ele só podia falar o que Deus lhe ordenasse dizer.

O que é estranho aqui é como um profeta do Altíssimo, que tinha uma visão privilegiada da vida, achou que Deus mudaria de ideia. Ele já não sabia que Deus havia prometido a terra além do Jordão, do poente do sol aos descendentes de Jacó? Claro que sim! Por que, então, ele não repetiu a resposta negativa e voltou consultar a Deus sobre algo que Deus mesmo já havia lhe dado a resposta? Nem sempre usamos os talentos que Deus nos dá de uma maneira eficaz.

Muitos de nós já conhecemos a história. De como um anjo do Eterno se coloca no caminho de Bilam e por três vezes tenta matá-lo com sua espada flamejante, mas a jumenta do profeta o salva todas as vezes que o anjo está para atacar levando como recompensa a agressão do seu dono, que não compreendia o que o animal estava realmente fazendo. E aqui o profeta deixou de perceber a importância de tratar bem os animais. Mais uma vez a Torá nos ensina o cuidado para com a Criação. Bilam, pelo que parece, se esqueceu que como um Ben-Noah, um filho de Noé (ou seja, um não-judeu que segue as leis dadas ao homem que protagonizou a história da Arca que resistiu, por ordem do Altíssimo, ao Dilúvio) não pode maltratar os animais. Será que este fato não nos dá uma ideia do caráter de Bilam? Na verdade, o próprio Pirkê Avot (5:22) coloca Abraham e Bilam como paradigmas do Bem e do Mal respectivamente. Será que não foi a oportunidade de literalmente lucrar com a situação o que representou uma tentação para o profeta e ele titubeou, querendo que O Eterno passasse a não mais querer abençoar Israel? Ou será que ele pensou que podia enganar a Balac? De qualquer forma, ao chegar a seu destino cada vez que abria sua boca se ouvia uma benção a Israel, fato que enfureceu o malvado Balac. E isso aconteceu três vezes. Deus não mudou de ideia e abençoou Israel. O profeta não pode fazer outra coisa senão bendizer o povo escolhido para guardar a Torá.

Nessa história, há ainda algo que nos chama a atenção, em nenhum momento o território dos moabitas havia sido prometido a Israel. Ou seja, o medo do rei  Balac não tinha fundamento. Moabitas e Israelitas são até parentes de uma certa forma, afinal os moabitas são descendentes de Lot, o sobrinho de Abraham. Esse medo, que se tornou em ódio e fez com que o rei priorizasse a maldição em relação à benção. Pois, já que Bilam tinha a reputação de que quem ele abençoava era abençoado e quem ele amaldiçoava era de fato amaldiçoado, por que Balac não pediu a Bilam que abençoasse seu povo, Moab, ao invés de maldizer a Israel?

Podemos estabelecer muitos paralelos com acontecimentos de nosso tempo. Percebemos o ódio infundado contra Israel. Como se exige de Israel um comportamento que não se exige de qualquer outra nação soberana. E, enquanto isso, Israel e o povo judeu continua (singular proposital aqui) a abençoar o mundo com suas invenções, descobertas científicas, prêmios Nobel e, acima de tudo, pela vontade de Deus, a manutenção dos valores da Torá e de Tikun Olam.

Uma das bênçãos que Bilam teve que pronunciar e que é recitada hoje em dia ao entrarmos numa sinagoga, é nada mais nada menos que Ma Tovú - "Quão boas são tuas tendas, ó Jacó, e tuas moradas, ó Israel!" (Números 24:5). Nisso concordamos!

Shabat Shalom!

Fontes:

jewishideas.org e masorti.org.uk 

 

Caros Associados,
Convidamos a todos os associados, para a descoberta da MATSEIVÁ do nosso saudoso amigo MOYSES MEYOHAS ( Z'I ) que será realizada no dia 08/07/2012 ( Domingo ) às 9:00h no Cemitério Israelita da Bahia - Quintas dos Lázaro.

Irmã, Parentes Agradecem a sua presença

Escola de Educação Judaica Complementar da SIB

                                 SEMI-NOVOS                         

Vídeo da Semana

A prova final do batalhão Caracal nas Forças de Defesa de Israel

Conib repudia texto antissemita de militante do PC do B

Em mensagem à deputada Manuela D´Ávila (PC do B/RS), o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Claudio Lottenberg, repudia texto de teor antissemita publicado no site do Partido Comunista do Brasil por José Reinaldo Carvalho, editor do site Vermelho. Em seu texto, Carvalho comenta o anúncio publicado em junho pela Conib na mídia brasileira contra a presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na Rio+20. Leia abaixo a mensagem de Claudio Lottenberg: Lamento o teor do texto que é assinado por uma liderança do PC do B fazendo injustas e mentirosas colocações a respeito da entidade que presido. Face ao nosso respeito mútuo, imaginei que deveria me dirigir a V. Exa. Não tome isto como algo de caráter pessoal, mas sim como um repúdio de alguém que no respeito à diversidade entende que limites devam ser preservados. O texto não condiz com uma sociedade plural como a nossa e muito menos com o padrão cultural que tradicionalmente faz parte da história de seu partido. Antes de mais nada, quero que V. Exa. saiba que inúmeros são os judeus que participaram do partido comunista. Vários foram presos, torturados num momento em que se mesclavam a falta de liberdade democrática com o ranço do antissemitismo. Quem sabe por isso, assim como muitos, eu me senti profundamente ofendido pelas palavras do senhor José Reinaldo Carvalho. Traçar um quadro de similaridade entre os sionistas e os nazistas reflete não só uma falta de conhecimento histórico, mas, sobretudo, um sinal de alerta para que nos mantenhamos firmes contra os negacionistas da história. Provavelmente, o senhor José Reinaldo tem, sim, muita identidade com o déspota e negacionista Mahmoud Ahjmadinejad. Estamos de fato instalados num país democrático e tolerante, e justamente por isso temos todo o direito de nos manifestar. Fizemos dentro da propriedade que nos é devida, tendo sido algo que foi reconhecido não por nossa comunidade somente, mas por todas as minorias e grupos que consideram este cidadão, o presidente do Irã, uma pessoa desclassificada. Caso o senhor José Reinaldo tivesse tomado o cuidado de fazer uma leitura isenta, ele constataria que ali nada existe quanto às relações amistosas entre o nosso país e o Irã, mas sim contra o seu presidente, eleito de forma discutível, como é patente nos relatos feitos pela mídia. Ignorante, desprende em sua abordagem que ali se incita um sentimento discriminatório contra a fé islâmica, o que em momento algum surge em qualquer parte do texto. Relativo ao inexpressivo José Reinaldo Carvalho, a interpretação que faço é que no desejo de encontrar algum espaço, usa e abusa da ignorância, apropriando-se de chavões com a única finalidade de tornar-se alguém com relevância. De fato, deve estar vivendo alguns momentos de glória ao lado de pessoas inexpressivas, e que felizmente representam uma minoria. Reitero minha estima e consideração. Claudio Lottenberg

Descoberta arqueológica na Galiléia Um mosaico com inscrições em hebraico contanto a histórica bíblica de Sansão foi encontrado na Galiléia (Israel), nas ruínas de uma sinagoga do século 4 a.C. A escavação foi conduzida pelo dr. Jodi Magnees, da North Carolina University (EUA), em parceria com arqueólogos da Israel Antiquities Authority (Autoridade de Antiguidades de Israel). A descoberta ocorreu perto do kibbutz Hokuk, local que várias fontes talmúdicas se referem como sendo a Hokuk histórica, onde rabinos se reuniam para escrever o Talmude (livro sagrado dos judeus). Um livro do rabino mediveal Ashtori Ishtori, do século XIV, faz referência a uma sinagoga na mesma área onde as descobertas foram feitas. Segundo o dr. David Amit, da Autoridade de Antiguidades de Israel, o mosaico “contém uma descrição do Sansão bíblico e dois pares de raposas com uma tocha flamejante ligando suas caudas”, como descrito na saga de Sansão no Livro dos Juízes. (Daqui)

Curtas - Membros árabes do Knesset – Parlamento - estão indignados com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pela decisão de exigir aos árabes israelenses que prestem serviço militar ou nacional, como parte das resoluções e debates da Comissão Plesner. Netanyahu anunciou que "os cidadãos árabes, junto com o haredim(judeus religiosos), devem levar a sua parte equitativa da carga", logo após os líderes dos partidos Yisrael Beiteinu e Habayit Hayehudi anunciaram sua decisão de deixar o Comitê Plesner. Os deputados árabes consideram o passo como nada menos do que uma declaração de guerra. Hoje, o primeiro-ministro reuniu-se com o presidente do Kadima , Shaul Mofaz , num esforço para finalizar um acordo para a integração gradual dos árabes e dos haredim no IDF e no serviço nacional. - A IDF está se preparando para a possibilidade de ataques terroristas a partir da fronteira com a Síria, um oficial sênior do IDF disse a jornalistas. O general de brigada Tamir Hyman disse que "o desenrolar dos acontecimentos para além da fronteira aumentam a probabilidade de ataques terroristas. Isso, por sua vez, necessita de nossa preparação, treinamento, infra-estrutura e implantação." Hyman acrescentou que a hipótese de trabalho da divisão é que um ataque terrorista pode acontecer, a partir da fronteira com a Síria, sem que a IDF tenha feito a inteligência necessária. "Organizações terroristas podem tentar explorar uma situação de instabilidade e falta de governabilidade que se pode desenvolver no lado sírio da fronteira. Agora está tranquilo, mas estamos nos preparando para o pior cenário", Hyman informou aos jornalistas durante uma visita às Colinas de Golan. - O Comitê Da Herança Mundial da UNESCO votou para aprovar um pedido palestino para colocar a Igreja da Natividade, em Belém, na sua lista dos sítios de Patrimônio Mundial em Perigo. Os palestinos haviam pressionado para que a rota de peregrinação da igreja fosse inscrito como candidato de emergência na reunião do Patrimônio Mundial das 21 nações, em reunião em São Petersburgo, Rússia. Enquanto isso, o embaixador dos EUA para a UNESCO, David Killion, disse que os Estados Unidos estão "profundamente decepcionados" pela decisão do Comitê do Patrimônio Mundial . "Este corpo não deve ser politizado", disse ele. Sua declaração observou que a candidatura foi contestada por uma comissão de peritos da UNESCO, cujas conclusões são quase sempre respeitados. "O site claramente tem um significado religioso e histórico tremendo", declarou Killion . "No entanto, o procedimento de emergência utilizado neste caso é reservado apenas para casos extremos." - O Ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, juntou-se aos políticos que estão pressionando o Comite Olimpico de Londres para que seja feito um minuto de silencio em memoria dos israelenses massacrados em Munique, há 40 anos." Há 40 anos, 11 atletas israelenses foram mortos nas Olimpiadas de Munique", Westerwelle escreveu numa carta dirigida ao presidente do Comite. "Este trágico ataque terrorista em meu país não foi dirigido apenas ao time de Israel. Foi também um ataque aos Jogos Olimpicos e à idéia olímpica de promover a paz e amizade entre as nações". - O tratamento VIP que o rei Hussein da Jordania dedicou ao líder do Hamas, Khaled Mashaal, em sua atual visita a Amã, denota a grande preocupação do monarca com a recente eleição de um membro, da sua inimiga Irmandade Muçulmana, para presidir o Egito.Analistas jordanianos dizem que a vitoria de Mossi foi um terremoto para o governo da Jordânia.

• Boletim Conib (Via e-mail)
• Pletz

PARASHAT HASHAVUA: Balak

Acendimento das velas: 17:02


MINCHÁ: 17:59

ARVIT E HAVDALÁ: Na continuação do Minchá

TÉRMINO DO SHABAT: 18:55

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